Formação profissional em Educação Física a luz da sociologia das profissões: análise da produção acadêmica

13/10/2013 22:53

Formação profissional em Educação Física a luz da sociologia das profissões: análise da produção acadêmica

Prof. Dr. Alfredo Cesar Antunes

Docente no Departamento de Educação Física

Universidade Estadual de Ponta Grossa –Pr/Brasil

Docente do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Sociais Aplicadas

Grupo de pesquisa Esporte, Lazer e Sociedade

Apoio: FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA-apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná-Brasil

PARANÁ-Governo do Estado-Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Artigo apresentado no XXIX CONGRESSO LATINO AMERICANO DE SOCIOLOGIA

DISPONÍVEL EM: actacientifica.servicioit.cl/biblioteca/gt/GT18/GT18_AntunesA.pdf

 

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi analisar os periódicos indexados e com foco e escopo na área de Educação Física, em língua portuguesa, a partir do ano 2000, de acordo com o Qualis da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Brasil) nos estratos A1, A2 e B1. A análise revelou uma escassa produção teórica sobre o conceito de profissão e suas relações com o mercado de trabalho e preparação profissional. Também, não foi possível identificar o predomínio de uma perspectiva teórica, porém aparecem com maior frequência os seguintes temas-enfoques nos artigos analisados: formação profissional, intervenção profissional, competência profissional, carreira e regulamentação da profissão.

Palavras-chave: profissão, sociologia, formação, profissional e Educação Física.

 

 

Mercado de trabalho e profissão

 

O presente trabalho teve por objetivo analisar a produção acadêmica em periódicos de língua portuguesa, classificados nos extratos A1, A2 e B1 (critério CAPES-Brasil), no que se refere à perspectiva das profissões na área de Educação Física.

A passagem do fordismo para o modelo de acumulação flexível faz surgir novas relações trabalhistas e mercadológicas, somadas com as novas tecnologias e saberes científicos.

A acumulação flexível [...] é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo [...] se apóia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo [...] surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional [...] rápidas mudanças dos padrões do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando, por exemplo, um vasto movimento no emprego no chamado ‘setor de serviços’ [...] (Harvey, 1999: 140).

 

O mercado de trabalho é influenciado por estas transformações, que moldam a realidade social e cultural, exigindo ajustes na preparação de profissionais para atuar neste mercado, mais competitivo e produtivo. 

No Brasil, atualmente, os “Profissionais da Educação Física” (código 2241) são caracterizados como: avaliador físico-orientadorfisiocorporal; ludomotricista-cinesiólogoludomotricista; preparador de atleta; preparador físico-personaltreanning, preparador fisiocorporal; técnico de desporto individual e coletivo (exceto futebol)-treinador assistente de modalidade esportiva, treinador auxiliar de modalidade esportiva, treinador esportivo; técnico de laboratório e fiscalização desportiva; treinador profissional de futebol- auxiliar técnico no futebol, auxiliar técnico nos esportes, coordenador de futebol, professor de futebol (CBO) (2010: 275).

Estas transformações remodelam o cenário das profissões, pois fazem surgir novos mercados e serviços ou reconfiguram antigos cenários profissionais, como é o caso da Educação Física, no setor de serviços. Tais mudanças são analisadas e refletidas por Verenguer (2003)

 

Embora toda a produção intelectual e acadêmica sobre o mundo do trabalho tenha sido pautada na reflexão, no olhar, na direção da indústria automobilista, têxtil e metalúrgica, ou seja, no trabalho industrial, isso não invalida a discussão do tema para a Educação Física. Muito pelo contrário, uma vez que o mundo do trabalho industrial orientou e organizou a vida cotidiana e a visão de mundo do homem do século XX e contaminou as relações de trabalho em todas as áreas [...] Além disso, como advogam Paiva, Potengy e Chinelli (1997), as conseqüências da reestruturação do mundo do trabalho indicam que o futuro dos estudos sobre a temática se deslocam para além da indústria, ou seja, surge uma nova fronteira: estudar o setor terciário ou de serviços. É neste ponto que investigar o mundo do trabalho em Educação Física se revela atual e pertinente (Verenguer, 2003: 28).

 

A tendência em acompanhar as demandas do mercado de trabalho, com sua diversificação de produtos, funções de consumo, imposição de valores (transitórios e impositivos) (HARVEY: 1999) é verificada nas atuais diretrizes curriculares de Educação Física (Resolução CNE/CP n. 01 de 2002; Resolução CNE/CES n. 07 de 2004), influenciando sobremaneira o processo de formação dos futuros profissionais de Educação Física.

Alguns pontos se destacam nas atuais diretrizes curriculares, no que se refere ao processo de preparação profissional em educação física: pesquisa e práticas investigativas; princípio metodológico da ação- reflexão-ação; relação com diferentes contextos; resolução de situações-problema; conhecimento advindo da experiência. Estes pontos demonstram a importância em se analisar com mais atenção os aspectos da profissão e da atuação profissional na área.

De acordo com o estudo de Flexner (citado por Barros, 1993), uma atividade profissional se caracteriza com base em seis critérios: ser de natureza intelectual, ser prática, ser dinâmica, possuir organização interna, ser comunicável (comunicabilidade) e exercer o altruísmo.

O primeiro critério aponta que a atividade profissional deve ser fundamentada em um corpo de conhecimentos. O segundo preconiza que uma profissão sempre presta um serviço aos seus clientes. Pelo terceiro critério, se decide que deve existir uma constante atualização profissional, ou seja, acompanhar o desenvolvimento científico e tecnológico da área. O quarto critério advoga que a profissão requeira uma instituição que a represente. A comunicabilidade como que obriga o profissional a buscar clareza e comunicar seus conhecimentos/conteúdos. Finalmente, uma profissão determina que o profissional deve colaborar para o desenvolvimento e bem-estar da humanidade e, coerentemente, prestar um serviço de qualidade.

Barros (1993) destaca que a atividade profissional especializada e com relevância para a sociedade deve ser realizada em um curso de graduação e fundamentada em habilidades técnicas e em conhecimentos específicos correlatos. Assim, a preparação do profissional deve apresentar um caráter prático para um serviço especializado.

De acordo com Barbosa (2003:594)

[...] é nos processos de profissionalização, os traços distintivos da configuração de forças sociais que constituem as profissões. Assim, se o mercado é característica comum à qual são submetidos todos os grupos sociais, as profissões conseguem estabelecer regras diferenciadas para sua presença nessa instância da vida social. Se a educação escolar é base de socialização e hierarquização nas sociedades contemporâneas, os certificados acadêmicos tornaram-se importante instrumento de distinção dos grupos profissionais.

 

Historicamente, conforme Gonçalves (2008) é possível delinear várias perspectivas teóricas sobre a sociologia das profissões, entre elas as concepções funcionalistas (Durkheim, Parsons), interacionistas (Hughes), revisionistas (teses do poder e do monopólio profissionais-visão weberiana, marxismo, Jonhson e Larson, Freidson), abordagem sistêmica (Abbott) e as novas problemáticas teóricas das profissões (produção sociológica na Europa continental e abordagem comparativa dos fenômenos profissionais).

 

O movimento revisionista da sociologia das profissões caracteriza-se pela sua diversidade teórica. À unanimidade teórica dos  funcionalistas  irá seguir-se a emergência de trabalhos sobre as profissões a partir das teses neo-weberianas, neo-marxistas,  interaccionistas,  entre  outras.  A par  disto,  o  que  sobressai  é a  eleição  de  novas  problemáticas  e  de  novos  questionamentos  sociológicos que  se  situam  nos  antípodas  teóricos  do  funcionalismo. Numa análise macro, enquadram-se as  profissões  nas  dinâmicas  das  sociedades  capitalistas,  dando--se  conta  dos  processos  de  formação  das  profissões  e  como  se  articulam,  por sua  vez,  com  a  expansão  do  sistema  económico  capitalista,  a  constituição  e sedimentação  dos  Estados  modernos.  Numa  análise  meso,  destacam-se:  o poder dos profissionais face aos clientes, a outros profissionais e ao Estado; os processos de construção e  institucionalização dos monopólios profissionais; as articulações entre as profissões e a estrutura das classes sociais; os conflitos entre profissões para a apropriação das jurisdições profissionais; a influência cultural e  política  exercida  pelas  profissões  para  benefício  dos  próprios  interesses;  a desprofissionalização e proletarização dos profissionais; a retórica legitimadora da ideologia profissional (Gonçalves, 2008: 181).

 

Percebe-se um direcionamento da produção teórica sobre a sociologia das profissões em áreas tradicionais como medicina, engenharia e direito (paradigma adotado pela visão funcionalista), limitando a compreensão da dinâmica das atividades profissionais da sociedade capitalista contemporânea.

[...] a relativização  histórica  da  noção  de  profissão  é  fortemente tributária,  em  nossa  opinião,  dos  contributos  proporcionados  pelo movimento revisionista  dos  anos  setenta,  no  seio  da  análise  sociológica  das  profissões. Recorde-se  que  os  funcionalistas  fizeram  da  delimitação  da  profissão  o  eixo principal do seu quadro teórico-metodológico. Elegeram os respectivos atributos tomando como paradigmas os médicos e os advogados, o que se  traduziu num campo empírico limitado a um conjunto restrito de grupos profissionais e separado das ocupações comuns. Com o movimento revisionista, as críticas sucederam-se face a tal perspectiva (Gonçalves, 2008: 191).

 

Portanto, uma análise sobre a formação profissional em Educação Física mostra-se imprescindível, frente ao recente processo de reformulação das diretrizes curriculares e do status de uma profissão regulamentada (Lei n. 9696/98), com todos os seus imperativos legais e consequências socioculturais, para o mercado de trabalho e para a preparação de recursos humanos.

Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto (Brasil, 1998: art. 3).

 

Frente a esta realidade é possível questionar sobre qual perspectiva o conceito de profissão está sendo desenvolvido na produção acadêmica da área de Educação Física. Como e de que forma as pesquisas e reflexões acadêmicas estão voltadas para a profissão no atual cenário do mercado de trabalho? 

Portanto, o objetivo desta pesquisa foi analisar os periódicos indexados e com foco e escopo na área de Educação Física, em língua portuguesa, a partir do ano 2000, de acordo com o Qualis (conjunto de procedimentos que avalia a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise da qualidade dos periódicos científicos) da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Brasil) nos estratos A1, A2 e B1 (considerados como estratos superiores - os estratos são A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero).

Os termos para busca textual foram: profissão, profissional, profissionalismo.

 

Resultados

 

A partir da análise dos periódicos indexados, conforme explicado acima, foi possível identificar um total de sete (7) periódicos nos estratos A2 e B1, a saber:

A2 - Motriz: Revista de Educação Física (ISSN: 1980-6574); Revista Movimento (ISSN: 0104-754X - e-ISSN 1982-8918).

B1 - Revista Motricidade (Santa Maria da Feira) (ISSN 1646-107X); Revista Brasileira de Ciências do Esporte - RBCE (ISSN: 0101-3289); Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano -  RBCDH (ISSN: 1980-0037); Revista Brasileira de Educação Física e Esporte - RBEFE (ISSN: 1807-5509); Revista Portuguesa de Ciências do Desporto - RPCD (ISSN: 1645-0523).

 

Foram identificados 126 artigos com os termos para busca textual: profissão, profissional, profissionalismo. Os artigos foram selecionados caso apresentassem um destes termos ou mais. Os artigos ficaram distribuídos da seguinte forma.

 

Motriz

Movimento

 

Motricidade

 

RBCE

 

RBCDH

 

RBEFE

 

RPCD

 

N  = 30

N = 35

N = 2

N = 34

N= 10

N = 10

N = 5

Quadro 1: Distribuição dos artigos. Fonte: autor.

 

Foram identificados os seguintes “temas-enfoques” nos artigos analisados:

·         Competência profissional-ética-conteúdo- conhecimento;

·         Qualidade de vida-estilo de vida;

·         Burnout-stress;

·         Formação profissional-acadêmica-currículo;

·         Intervenção profissional – mercado de trabalho - Campo de atuação;

·         Experiência profissional;

·         Regulamentação da profissão.

A seguir serão apresentados os números de artigos de cada periódico pesquisado, de acordo com os “temas-enfoques”.

As revistas obtiveram o seguinte resultado:

 

“TEMAS-ENFOQUES”

Motriz

Movimento

Motricidade

RBCE

RBCDH

RBEFE

RPCD

 

Total

Competência profissional-ética-conteúdo- conhecimento

4

5

 

6

5

3

1

24

Campo de atuação

1

 

 

 

 

 

 

1

Qualidade de vida-estilo de vida

1

 

1

1

2

 

 

5

Burnout-stress

1

1

 

 

 

 

 

2

Formação profissional-acadêmica-currículo

16

15

1

23

 

3

2

60

Formação continuada

 

4

 

 

 

 

 

4

Intervenção profissional – mercado de trabalho

9

7

1

5

5

4

4

35

Carreira -Experiência profissional

2

11

 

2

1

2

 

18

Regulamentação da profissão

1

2

 

5

 

 

 

8

Quadro 2: “temas-enfoques” das Revistas com escopo na área de Educação Física, nos estratos A2 e B1 (critério CAPES). Fonte: autor.

 

Percebe-se uma tendência para pesquisas com “temas-enfoques” para a formação profissional/acadêmica. Este dado indica a preocupação com o processo de preparação de futuros profissionais para a área de Educação Física. Além disso, a preocupação com a intervenção profissional demonstra a necessidade de maior atenção para a atuação destes profissionais quando terminam o processo de formação inicial e adentram no mercado de trabalho. Esse dado é reforçado ao se verificar a atenção nas publicações voltadas para a competência profissional, ética e experiência profissional.

Outro resultado que merece destaque são as publicações sobre a regulamentação da profissão de Educação Física. Este debate ainda está merecendo destaque no campo acadêmico da Educação Física, após mais de quinze anos da promulgação da lei. Isso sugere que é necessário maior esclarecimento para os acadêmicos (futuros profissionais da área) e também posicionamentos entre os profissionais e acadêmicos.

Os currículos, no percurso histórico de preparação profissional em Educação Física, foram construídos e constantemente reelaborados e, como consequência, a relação entre teoria e prática também se modificou. A preparação profissional passou de uma preparação com ênfase extremamente técnica e esportiva para uma preparação voltada aos aspectos pedagógicos, caracterizando-se, assim, o “ensinar a ensinar”. A visão dicotômica de que a teoria está na sala de aula e nos textos, e a prática em ambientes como quadra, piscina, campo, etc, marcou a relação teoria e prática na preparação profissional da área. Assim, a prática foi definida como aplicação da teoria, em uma relação de mão única.

As diversas propostas ideológicas e institucionais que surgiram não foram suficientes, e ainda não são nestes dias atuais, para constituir um consenso sobre a identidade acadêmica da área.

Estes dados indicam, como principal destaque destes resultados, a necessidade de uma maior interação entre teoria e prática no processo de preparação profissional em Educação Física.

Segundo Perrenoud (2002), a ideia de formação prática deve ser combatida, deve-se incentivar uma prática reflexiva. Conforme modelos anteriores, os teóricos ficariam responsáveis pela formação teórica por meio de aulas e seminários clássicos, sem relacionar com a profissão. Enquanto que os responsáveis pela formação prática se encarregariam dos estágios, na função de, através deles, iniciarem os alunos na futura profissão. De acordo com esse autor,

É preciso combater essa dicotomia e afirmar que a formação é uma só, teórica e prática ao mesmo tempo, assim como reflexiva, crítica e criadora de identidade. Ela acontece em toda parte, nas aulas e nos seminários, em campo e nos dispositivos de formação que levam os diversos tipos de formadores a trabalharem juntos: acompanhamento de atuações profissionais, moderação e grupos de análise de práticas ou reflexão comum sobre os problemas profissionais (PERRENOUD, 2002: 23).

 

A análise revelou uma escassa produção teórica sobre o conceito de profissão e suas relações com o mercado de trabalho e preparação profissional. Também, não foi possível identificar o predomínio de uma perspectiva teórica, porém aparecem com maior frequência os seguintes temas-enfoques nos artigos analisados: formação profissional, intervenção profissional, competência profissional, carreira e regulamentação da profissão.

Pode-se apontar que a produção acadêmica de artigos sobre profissão na área de Educação Física reflete concepções específicas e fragmentadas, de determinados grupos, porém aproximando com as perspectivas de poder e monopólios profissionais.

Em  paralelo  com  o  crescente  interesse  que  se  verifica  na  Europa  sobre as  profissões,  é  observável  que  em  outro  contexto  sócio-geográfico  - Brasil  - perdura uma notória tendência para o fortalecimento da análise sociológica dos grupos  profissionais.  Tendência que é tributária dos contributos teóricos dos interaccionistas e das teses do poder e do monopólio profissional (onde ganham destaque os  trabalhos de Larson e Freidson), mas que  igualmente mobiliza os recursos  de  algumas  das  especializações  da  sociologia,  o  caso  da  educação  e trabalho  (Barbosa,  2003 apud Gonçalves, 2008: 207).

 

Por fim, é imprescindível maior atenção dos pesquisadores e programas de pós-graduação para este objeto de estudo, pois como visto apresenta intensa relação com as transformações e dinâmicas sociais, assim como com a preparação de recursos humanos para o mercado de trabalho. Pois, de acordo com Gonçalves (2008: 209), a partir de suas análises teóricas, que “[...] a profissionalização não é um processo linear, padronizado, mas pelo contrário permeado por tensões, conflitos e consensos, e historicamente situado”.

É primordial uma aproximação entre Instituições de Ensino Superior, que preparam os futuros profissionais de Educação Física com os órgãos de representação das categorias, órgãos de fiscalização profissional e as diversas instituições que absorvem os futuros profissionais no mercado de trabalho.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

BARBOSA, Maria  (2003),  “Ensaio  bibliográfico. As  profissões  no Brasil  e  sua  sociologia”,  in DADOS – Revista de Ciências Sociais, Vol. 46, nº 3, pp. 593-607.

 

BARROS, J. M. C. (1993). Educação Física e esportes: profissões? Kinesis, 11, 5-16.

 

BRASIL (1998). Lei nº 9.696 de 1 de setembro de 1998, Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física.

 

______ (2010).  Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupações: CBO – 2010, 3a ed. Brasília: MTE, SPPE.

 

GONÇALVES, C. M. (2007-2008). Análise sociológica das profissões: principais eixos de desenvolvimento. Revista da Faculdade de Letras: Sociologia, 17/18, 2007/2008, p.177-224. Porto: Universidade do Porto. Faculdade de Letras.

 

HARVEY, D. (1999). Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola.

 

PERRENOUD, P. (2002). A formação dos professores no século XXI. In: ______.; THURLER, M.G. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed.11-34.

 

VERENGUER, R. C. G. (2003). Mercado de trabalho em educação física: significado da intervenção profissional à luz das relações de trabalho e da construção da carreira. 2003. 156 f. Tese (doutorado) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

 

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PROF. DR. ALFREDO CESAR ANTUNES

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